Era um dia de jogo importante, no Anacletão, o estádio fervilhava em pleno domingo, com a energia da torcida, bandeiras coloridas tremulando e o sol brilhando sobre o gramado verde impecável. Foi então que uma cena inesperada roubou a atenção de todos em especial o Fotógrafo Moisés Araújo: uma menina, pequena e de olhos cheios de curiosidade, escapou do corredor e entrou no campo.
Pisou na grama macia e sorriu, como se tivesse descoberto um mundo mágico. Aos poucos, a torcida, antes barulhenta, se calou, observando aquela cena pura. A menina girou, correu alguns passos e até arriscou um drible imaginário, rindo sozinha, completamente encantada pelo momento.
Os jogadores, sorriram. O seu pai aproximou, ajoelhou e lhe deu um abraço, como se dissesse: “Esse campo também é seu Valentina”, torcida, então, explodiu em aplausos—não pelos gols ou pelas jogadas, mas por aquela pequena invasora que, sem querer, lembrou a todos o verdadeiro espírito do futebol: alegria, sonho e um pouquinho de poesia em meio ao jogo.
No final, ela foi levada pelos braços do Pai Fernando Guilherme, mas não sem antes acenar para a multidão, como uma verdadeira estrela. E, naquele dia, o estádio inteiro torceu por ela.
Por Moisés Araújo
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