Ceará-Mirim/RN: Ex-prefeito Júlio César e sucessor Antônio Henrique rompem antes de terminar janeiro

A aliança entre o ex-prefeito de Ceará-Mirim, Júlio César, e o atual gestor, Antônio Henrique, durou pouco.

Apenas 30 dias após o início da nova administração, os dois romperam politicamente.

O desentendimento começou a se tornar público após exonerações de aliados de Júlio César dentro da estrutura da prefeitura.

Nos bastidores, comenta-se que o rompimento se deve a diferenças na condução política da nova gestão e na distribuição de espaços dentro da prefeitura.

A esposa do ex-prefeito, Ana Paula, já entregou a Secretaria e Júlio fez uma live explicando que a saída se deve ao fato de o prefeito estar nomeando gente de fora ao invés de ser do município.

“Vamos corrigir as coisas que estão sendo feitas da maneira incorreta. Eu espero não ter ido à Praça Pública à toa, não ter segurado numa mão e dito ao povo que o trabalho ia continuar à toa”, declarou Júlio César, lembrando que tinha mais de 80% de aprovação e do apoio que deu ao atual prefeito que era um desconhecido no município.

Por Heitor Gregório

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TJRN mantém Wendel Lagartixa preso e decreta prisão de João Grandão e mais dois

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte votou, nesta quinta-feira (30), para manter a prisão preventiva de Wendel Fagner Cortez de Almeida (Wendel Lagartixa), e decretar a prisão de João Maria da Costa Peixoto (João Grandão), Francisco Rogério da Cruz e Roldão Ricardo dos Santos Neto. Por maioria, os desembargadores deram provimento ao recurso apresentado pelo Ministério Público Estadual, através do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Os quatro são acusados de integrarem um grupo de extermínio, investigados no curso da operação “Aqueronte”, deflagrada para prender os envolvidos em um sêxtuplo homicídio, sendo três consumados e três tentados, que aconteceu dia 29 de abril de 2022, no bairro da Redinha, na zona Norte de Natal. Um dos integrantes do colegiado votou pela não determinação da preventiva para Roldão Ricardo, o que não foi acompanhado pelos demais desembargadores.

O Gaeco apontou ser necessária e urgente a prisão, sobretudo para fins de garantia da ordem pública, “ora plasmada na renitência delitiva, destruição de provas e fuga”.

Conforme a decisão, “não é possível se extrair prova induvidosa a respaldar desde logo a pauta defensiva, centrada na ideia de que no momento dos homicídios os recorridos se achavam noutro lugar, até porque, repito, os depoimentos das testemunhas arroladas pela defesa se contrapõem com as imagens captadas e anexadas aos autos”.

O caso

A operação Aqueronte foi comandada pela equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo as investigações, o crime, que gerou três mortes, foi cometido sem que as vítimas pudessem se defender e numa ação típica de milícia privada ou grupo de extermínio, o que agrava a pena.

Ainda de acordo com as investigações, em 29 de abril de 2022, os denunciados chegaram no Bar Torú, encapuzados, armados com pistola e escopeta calibre .12., mataram o proprietário do estabelecimento, Rommenigge Camilo dos Santos, e outras duas pessoas, um ajudante de cozinha e um servente de pedreiro. O grupo denunciado deixou feridas mais três vítimas, o que configura o crime de homicídio tentado.

TN

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