CGU identifica auxílio emergencial irregular de 299 mil servidores estaduais e municipais

A Controladoria Geral da União identificou 299 mil servidores estaduais e municipais que solicitaram auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19. A CGU bloqueou pagamentos e informa que os casos representam apenas 0,45% do total de pessoas beneficiadas desde abril. O valor de R$ 600 reais é destinado a trabalhadores informais, microempreendedores, autônomos e desempregados.

Em audiência no Congresso, o ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, lamentou as fraudes ao detalhar a atuação do órgão. Ele acrescenta que a Controladoria também está fazendo um pente fino em contratos fechados pela área da saúde e  afirma que foi permitida a revogação de cerca de R$ 2 bilhões em licitações do Ministério da Saúde, avaliadas como frágeis. Segundo ele, o momento de pandemia exige que o poder público fique mais atendo à atuação de empresas.

Na audiência desta terça-feira (14) da comissão que analisa medidas de combate à crise, os parlamentares discutiram a ajuda para empresas. O setor produtivo reclama que, apesar de anúncios de liberação de crédito, o dinheiro não chega na ponta.

Jovem Pan

PF e CGU cumprem mandados de busca e apreensão em cidades do RN

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão em Natal e Parnamirim nesta quinta-feira (28). A ação faz parte da Operação Tiro que apura desvio de recursos públicos, dispensa indevida de licitação e lavagem de dinheiro, no município de Touros, em 2016.

De acordo com a PF, há três anos a Prefeitura de Touros recebeu verba de emenda parlamentar no valor aproximado de R$ 270 mil destinada à aquisição de medicamentos. Em seguida, sem prévia licitação, a Prefeitura celebrou contrato com a empresa investigada. No entanto, apesar de efetuado o pagamento pelos medicamentos, segundo a PF, não há registros da efetiva entrega dos produtos.

Afastado o sigilo bancário da empresa sob suspeita, as investigações, tomando por base a análise de dados, apontaram que no dia seguinte ao crédito do valor da emenda parlamentar, a prefeitura repassou à empresa investigada cerca de R$ 195 mil e, dias depois, novos repasses ocorreram em favor da mesma empresa, em valores que somados alcançaram mais R$ 61 mil.

De acordo com a Polícia Federal, o rastreamento das operações bancárias tornou possível identificar um dos beneficiários da verba pública desviada.

Ainda segundo informações da PF, as diligências realizadas no dia de hoje tem por finalidade reunir provas dos delitos sob investigação, identificar todos os participantes do esquema criminoso e apontar os beneficiários dos valores desviados. Quarenta policiais federais e 7 servidores da Controladoria-Geral da União participam da operação.