Ministério Público Federal pede afastamento do diretor da PRF por 90 dias

Foto: Carolina Antunes/PR

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu o afastamento do diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, por 90 dias.

O MPF argumenta que Silvinei fez uso indevido do cargo e lista situações durante a campanha eleitoral em que, no entendimento dos procuradores, o diretor pediu votos irregularmente para o presidente Jair Bolsonaro.

“A vinculação constante de mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de comunicação e rede social privada, mas aberta ao público em geral, tudo facilmente acessível na internet, sempre associando a própria pessoa do requerido à imagem da instituição PRF e concomitantemente à imagem do Chefe do Poder Executivo federal e candidato a reeleição para o mesmo cargo, denotam a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais“, escreveu o Ministério Público.

O pedido lembra postagem de Silvinei nas redes sociais, na véspera da votação do segundo turno, em que o diretor da PRF pediu voto para Bolsonaro.

Não é possível […] dissociar da narrativa desta inicial a possibilidade de que as condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE“, argumenta o MPF.

G1

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MP apura fraude eleitoral da primeira dama e afasta prefeito de Extremoz/RN

O prefeito de Extremoz/RN e candidato à reeleição, Joaz Oliveira, foi afastado do cargo por suspeita de fraudes na área da saúde. A primeira-dama, Elaine Neves, é chefe de gabinete da prefeitura e também está sendo investigada, assim como três servidores públicos. Mais de 70 policiais cumpriram hoje 23 mandados de busca e apreensão por determinação do TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Os afastamentos aconteceram após a Operação Vale Tudo ser deflagrada por uma força tarefa que envolve o MPF (Ministério Público Federal), a PF (Polícia Federal) a Receita Federal e a Controladoria Geral da União. Eles suspeitam que o grupo teria desviado pelo menos R$ 2 milhões desde 2017 em Extremoz, cidade da Região Metropolitana de Natal.

No Rio de Janeiro, STJ afasta Witzel do cargo de governador e Pastor Everaldo é preso

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou hoje (28) o afastamento imediato de Wilson Witzel (PSC) do cargo de governador do Rio de Janeiro devido a suspeitas de fraude em compras na área da saúde durante a pandemia do coronavírus. A medida tem validade inicial de 180 dias. Witzel também foi denunciado pela procuradoria-geral da República (PGR).

Já o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, foi preso depois de mandado também expedido pelo STJ. Ele era esperado pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), na próxima semana, onde iria prestar depoimento à Comissão Especial que apura irregularidades durante a pandemia do coronavírus.

Ao todo, a Polícia Federal cumpre hoje 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão no âmbito da operação que foi batizado de “Tris in Idem” e é desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do Executivo fluminense.

O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), também é alvo da operação de hoje. Homens da PF e do Ministério Público cumpriram mandados de busca e apreensão em uma das sedes da Casa Legislativa. Procurado, Ceciliano afirmou que recebeu a operação “com tranquilidade” e que se coloca à disposição da Justiça.

TRE determina afastamento ‘imediato’ de prefeito e vice de Passa e Fica, RN

A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte desproveu à unanimidade um recurso e manteve a sentença imposta ao prefeito e ao vice-prefeito do município de Passa e Fica, na região Agreste potiguar. Com isso, o prefeito Leonardo Lisboa (PSD) e o seu vice, Aluízio Almeida de Araújo, deverão ser afastados imediatamente dos cargos por terem cometido os ilícitos de abuso de poder econômico e político durante o pleito eleitoral de 2016.

O Tribunal Regional Eleitoral havia determinado a cassação da chapa em dezembro de 2017, contudo os dois entraram com um recurso na Justiça, que agora foi negado. O relator do processo foi o desembargador Cornélio Alves.

Além disso, Leonardo Lisboa e Aluízio Almeida de Araújo foram condenados por conduta vedada a agente público e captação ilícita de voto. O TRE manteve ainda a inelegibilidade do ex-prefeito do município, Pedro Augusto Lisboa (Pepeu), por um período de 8 anos, pelos mesmos crimes.

O presidente da Câmara Municipal de Passa e Fica é quem deve assumir o cargo. Diante da decisão, a Justiça Eleitoral vai marcar novas eleições para Passa e Fica.

G1 RN