E QUEM NÃO COMEMORARIA SE ESTIVESSE LÁ?

Os jornais divulgaram essa semana o fim trágico da história de Lázaro Barbosa, que há 20 dias vinha causando terror por onde passava. Uma operação policial sem precedentes foi montada para capturar um homem de 32 anos que decidiu por algum motivo, (motivo esse que ainda está sendo investigado) matar pessoas. Helicópteros, viaturas de dois estados, centenas de policiais treinados para esse tipo de operação, cães farejadores e equipamentos de tecnologia de última geração, todo um investimento; um alto custo financeiro para deter um matador.

Logo que fora localizado, segundo os policiais que o encontraram, houve resistência e troca de tiros. Muito natural que o Lázaro Barbosa fosse alvejado por vários tiros, pois estava cercado e em desvantagem. Após o anúncio da sua morte, os moradores comemoraram com fogos de artifícios, vibraram pelas ruas; seus próprios conhecidos e quem sabe amigos de infância puderam finalmente sossegar o medo e dormir em paz.

A mídia por outro lado parece não ter gostado muito de ver as pessoas comemorando a captura de um assassino, muito menos sendo por morte. Mas as pessoas que ali residem estavam apavoradas; amedrontadas, inseguras… e se nós estivéssemos lá, não comemoraríamos também? De fato lamentamos por sua família, seus pais em especial, pois não temos dúvida que não foi ensino de violência que Lázaro Barbosa recebeu de seus pais, certamente.

Mas se é pela paz de uma comunidade, ou mesmo pela paz de uma família, não sei se com fogos de artifícios, mas não acho que é pecado ou crime comemorar pela paz. Parabéns a todos os envolvidos nessa missão, do comandante aos cozinheiros que ficaram na escola. Bom trabalho, parabéns.

Texto: Gleyber Miranda 

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Caso Lázaro: vítimas eram obrigadas a segurar espelho para ele fazer a barba

Duas das vítimas de Lázaro Barbosa disseram que foram obrigadas a segurar um “espelhinho” para que ele pudesse fazer a barba. O  suspeito foi morto na manhã desta segunda-feira (28) após troca de tiros com policiais em Águas Lindas de Goiás. As informações são do portal G1 .

O delegado Cléber Martins afirmou que esse detalhe aparece em dez inquéritos só em Goiás . Ele destacou que, quando foi morto, Lázaro estava com a barba recém-feita. O homem é apontado como autor de pelo menos 30 crimes em Goiás, Bahia e Distrito Federal.

“Durante a fuga, uma das chácaras em que ele foi havia um casal. Ele fez a mulher cozinhar para ele e segurar um espelhinho enquanto ele se barbeava. Em outro crime, dessa vez contra um caseiro, ele também obrigou a vítima a segurar esse espelhinho enquanto fazia a barba”, afirmou o delegado.

O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, destacou que a  morte de Lázaro não encerra as investigações sobre o caso.

Além de segurar o espelho, as vítimas também eram obrigadas a tirar as roupas e cozinhar para ele. Segundo os policiais , ao invadir as chácaras, Lázaro também pegava alimentos e itens de higiene para continuar a fuga.

Ainda, a Polícia Civil afirmou que os crimes em que as investigações apontaram que  Lázaro agiu sozinho serão arquivadas, mas as que há indícios de que ele teve ajuda, ainda estão sendo apuradas.

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Polícia investigará se Lázaro atuou como jagunço e teve ajuda na fuga

EBC

morte do fugitivo Lázaro Barbosa, na manhã de hoje (28), não põe fim ao trabalho da Polícia Civil de Goiás, que, a partir de agora, centrará esforços para esclarecer se o acusado de ter cometido múltiplos assassinatos recebeu ajuda para escapar ao cerco dos agentes de segurança por 20 dias.

“As investigações não acabam aqui. Ainda temos algumas pessoas para investigar e prender”, disse a jornalistas o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda. Segundo ele, a Polícia Civil já está investigando a suspeita de que Lázaro agia como matador de aluguel e contou com o auxílio de pessoas que não queriam que ele fosse preso.

O principal alvo da apuração da suposta ligação de Lázaro com matadores é, de acordo com Miranda, o dono de uma chácara onde o fugitivo chegou a se esconder e obter alimentos, Elmi Caetano Evangelista, preso na última quinta-feira (24).

“O empresário [chacareiro] que está preso é um dos líderes da organização”, disse o secretário, afastando a tese de que Lázaro atuava sozinho. “Mais para frente, quando a investigação estiver finalizada, colocaremos [todas as informações] para vocês. Mas já há uma linha de apuração. Uma das coisas [hipóteses] é de que ele [Lázaro] atuava como jagunço ou segurança para algumas pessoas”, afirmou o secretário estadual, declarando que a suposta “organização” pode estar envolvida com crimes como latrocínio e assassinatos nos quais Lázaro pode ter participação.

Segundo Miranda, Lázaro trocou de roupas várias vezes (“Uma prova de que ele tinha uma rede que o acobertava”) e, ao ser morto, estava com cerca de R$ 4,4 mil no bolso. O que, para o secretário, evidencia não só sua intenção de seguir fugindo, mas também que ele contava com o suporte de outras pessoas. O dinheiro é, certamente, um indicativo de que ele estava querendo sair do estado ou do país. E esta questão dele querer fugir, logicamente com o patrocínio [de terceiros], tinha gente interessada em que ele não fosse preso.

Lázaro foi surpreendido por policiais quando chegava à casa de sua ex-sogra, na zona rural de Águas Lindas (GO), a cerca de 50 quilômetros de Brasília. “Ele foi para encontrar com ela. Nós já estávamos monitorando, tentamos pegá-lo no momento [em que ele se aproximou], mas ele chegou a ameaçar alguns policiais”, contou Miranda, explicando que após ser cercado, Lázaro trocou tiros com os policiais e foi baleado. Sua ex-esposa e sua ex-sogra foram conduzidas para prestar depoimento.

Socorrido com vida, Lázaro foi levado ao Hospital Municipal Bom Jesus, de Águas Lindas de Goiás (GO), mas não resistiu aos ferimentos. Seu corpo já foi transferido para o Instituto Médico Legal (IML) de Goiania, onde será periciado antes de ser liberado para que sua família providencie o enterro.

Lázaro é acusado de assassinar quatro pessoas da mesma família em uma chácara no Distrito Federal. Uma quinta vítima teria sido feita refém em Goiás. Ele ainda é suspeito de balear três pessoas no município de Cocalzinho de Goiás, onde se concentraram as buscas. Além disso, já tinha sido condenado por homicídio na Bahia.

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