A governadora Fátima Bezerra sancionou lei que autoriza o Poder Executivo Estadual a transferir a sede do governo para Mossoró, entre os dias 26 e 30 de setembro de 2019. O Governo do RN instala-se na cidade em virtude das comemorações pela passagem dos 136 anos de libertação dos escravos que ocorreu no município em 30 de setembro de 1883, cinco anos antes da Lei Áurea. A data é considerada a maior festa cívica da cidade e um motivo de orgulho para os potiguares.
A agenda do governo e secretários inclui ações nas áreas de desenvolvimento rural e agricultura familiar, saúde, educação, ação social, cultura, direitos humanos, segurança e administração.
Programação para 26/09 (quinta-feira)
8h – Mutirão de Documentação da Trabalhadora Rural
Local: Sindicato dos Trabalhadores na Lavoura, Rua Almirante Barroso, 560, Alto da Conceição
9h – Solenidade de instalação da sede do Governo em Mossoró
Local: Reitoria da UERN, R. Dr. Almino Afonso, 478 – Centro
10h – Sessão Solene da Câmara Municipal de Mossoró em homenagem aos 51 anos da UERN
Local: Teatro Lauro Monte Filho, Centro, Mossoró
14h – Reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UERN para aprovar a Minuta de Resolução que regulamenta o PSVI 2020 – Cotas
Local: UERN
15h – Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Território Açu-Mossoró
Local: UERN
16h – Inauguração das novas instalações da sede da 12ª DIREC, Entrega de 3 ônibus escolares com acessibilidade para os municípios de Mossoró e Pau dos Ferros e Entrega de Kits de Instrumento Musical e Material Desportivo
Local: Centro Educacional Jerônimo Rosado, R. Ferreira Itajubá, s/n – Santo Antônio, Mossoró
19h – Anúncio do Edital de Cultura, Lançamento do Microcrédito Pró-Cultura e Instalação de Grupo de Trabalho do Plano Estadual de Igualdade Racial
Local: Teatro Lauro Monte Filho, Centro, Mossoró
História
O município de Mossoró foi pioneiro na libertação do trabalho escravo, extinguindo a escravatura cinco anos antes da Lei Áurea. A ideia de Mossoró libertar os escravos surgiu a partir de uma homenagem prestada pela maçonaria ao casal Romualdo Lopes Galvão, líder da política e do comércio local em 1883.
A proposta tomou força com o apoio popular e naquele mesmo ano, foi instalada, na Câmara Municipal, a “Sociedade Libertadora Mossoroense”. A Sociedade estabeleceu como meta libertar os 86 escravos que viviam na cidade. Foi instituído então o dia 30 de setembro para que todos os escravos fossem libertos. E o objetivo foi alcançado. Já no mês de junho, em sessão especial realizada na Loja Maçônica 24 de Junho, 40 escravos forram alforriados.
Naquela época manter escravos era caro e muitas pessoas não faziam oposição em libertá-los. Somente alguns fazendeiros reivindicaram indenização pela alforria. Os escravos libertos continuaram vivendo nas fazendas, não mais como cativos, e sim como funcionários, remunerados.
O movimento era organizado e se preocupou com o futuro libertos, diferente do aconteceu com a Lei Áurea, quando os escravos foram expulsos das fazendas, e acabaram marginalizados.
EBC