“Sou um dos órfãos de Vavá”, Raphael Targino publica texto pelos dois anos do falecimento de seu avô

“Há dois anos estava no Hospital do Coração em Natal, junto a filhos e netos do nosso eterno Vavá, quando do corredor da UTI recebo a notícia que faria meu chão desabar e os dias nunca mais voltarem a ser os mesmos.

Nessa semana ouvi e vi várias pessoas comentarem o quanto dois anos passaram rápidos, eu discordo plenamente e posso dizer o quanto dois anos foram duros, tristes e infelizes sem sua presença, meu avô. Quanto o senhor faz falta em nossa vida, quanto sua postura paterna, sua determinação, sua ordem, nos deixou órfãos tanto quanto sua ausência.

As lágrimas se misturam com gratidão e representam um amor indescritível. Quanta falta eu sinto de chegar à noite/madrugada na fazenda e ver o senhor deitado dormindo no sofá da sala da fazenda, acordando com o meu barulho, para em seguida acordar Silvania (a quem carregarei a eterna gratidão) e sentarmos à mesa, sim no meio da noite, pra podermos jantar ou lanchar, contando sobre o dia, falando das mesmas histórias, mas, acima de tudo, recebendo o seu ensinamento.

Obrigado por tudo que o senhor me deixou para a construção de caráter, no ensinamento de ser um homem de bem, trabalhador e buscar ajudar o próximo. Tenho certeza que o seu lugar junto de Deus é enorme, do tamanho que o senhor foi aqui na terra.

Nada vai preencher a lacuna deixada, ninguém vai superar sua figura. Eu amo o senhor na essência do amor, quanta falta o senhor me faz, aliás, quanta falta o senhor faz a João Câmara, sou, apenas, mais um dos órfãos de Vavá!”

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