Cirurgias estão suspensas há uma semana no Hospital Universitário Onofre Lopes por falta de luvas

Há uma semana, o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) está com procedimentos cirúrgicos suspensos por falta de luvas cirúrgicas. A unidade tem contrato de prestação de serviço com o governo do estado para a realização de cirurgias pela rede pública de saúde.

A falta do material aconteceu por causa do preço do insumo, que aumentou durante a pandemia, e da paralisação dos caminhoneiros em algumas regiões do país na última semana, segundo a administração da unidade hospitalar.

Segundo o Hospital Universitário, 600 luvas cirúrgicas e 8 mil luvas de procedimentos são utilizadas por dia na unidade.

O HUOL informou em nota que as cirurgias devem ser retomadas na próxima segunda-feira (20). O hospital conseguiu um empréstimo de 8 mil luvas com o Hospital Universitário de Santa Cruz e negocia com a UFRN e com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) um empréstimo que supra as necessidades da unidade hospitalar pelo período de um mês.

G 1

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Hospital Universitário Onofre Lopes realiza cirurgia cardíaca inédita no SUS potiguar

Com menos incisão e menor tempo de recuperação para o paciente, cirurgia de revascularização cardíaca será realizada nesta segunda-feira (26), pela primeira vez no Hospital Universitário Onofre Lopes, embora o procedimento já seja aplicado há 16 anos no mundo e em hospitais particulares.

O objetivo da cirurgia é o mesmo, colocar as conhecidas “pontes de safena” (revascularização do miocárdio), o que muda é o procedimento que passa a ser menos invasivo. No modo tradicional, faz-se uma incisão de pelo menos 20 cm com um corte entre as mamárias. O método usado pelo médico cirurgião cardiovascular, Valdo Daniel, que irá realizar a cirurgia, é reduzido. “Será um procedimento de revascularização, porém minimamente invasivo, através de uma incisão de 5 a 8 cm”. A variação depende do tipo físico de cada paciente.

Essa redução de tamanho proporciona ao paciente uma rápida recuperação, diminuindo de 90 dias para poucas semanas, possibilitando a ele o retorno mais rápido às atividades laborais. De acordo com o Dr. Valdo, em uma semana o cirurgiado ”pode voltar a dirigir, a dormir de lado e dormir de rede”, informou.

O procedimento menos invasivo evita as infecções e diminui a permanência hospitalar para dois a quatro dias, sendo possível que o paciente saia do hospital dirigindo, disse o médico em entrevista à TV Tropical.

Ele disse que a intenção é proporcionar ao paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) o mesmo conforto da recuperação que já têm aqueles que usam o sistema de saúde particular. “Trazer para o Onofre Lopes o que a gente conseguia fazer no privado”, enfatizou.

Sobre as demandas de cirurgias cardiovasculares no SUS, Valdo explicou os motivos que aumentam a espera pelo procedimento. “O gargalo se dá pelo número de pacientes necessitando, com, infelizmente, um número de hospitais credenciados pelo SUS menor do que a necessidade. Menor também o número de guias do SUS para o procedimento”, finalizou.

Portal da Tropical