Gleyber Miranda: Mãe não é um título, é um dom

Nesses últimos dias temos ouvido e visto nos meios de comunicação fatos lamentáveis envolvendo mulheres com título de mães e seus filhos. Numa dessas notícias vimos uma mãe que permitia que seu companheiro batesse no seu filho enquanto ela fazia as unhas num salão qualquer. Pois é, o vereador Jairinho bateu muito, bateu até tirar a vida de uma criança inocente. Há quem diga que ela sabia, mas o que eu acho é que ela não sabia que era mãe. Como posso pensar no dia das mães sem pensar nesse caso?

Quantos casos de violência envolvendo mães e seus filhos você já ouviu? Não é assim que “Mães” com M maiúsculo atuam. Mãe é um ser de difícil compreensão, e como é. Elas batem com amor para disciplinar, logo em seguida abraçam, acalentam e dizem: “Isso foi pro seu bem”. E é mesmo. Quem é louco de não concordar?

Mãe é o primeiro nome que chamamos quando ainda bem pequenos sofremos uma queda. Esse ser sublime chamado “Mãe” é carinhosa quando o momento pede, mas se torna gigante quando alguém mexe com sua cria. Ela pode dizer muitas coisas com seus filhos quando estes a decepcionam, mas ninguém mais pode dizer.

O abraço dela é melhor que qualquer outro, sua voz nos transmite paz, sua presença no traz segurança, seus conselhos nos guiam, seu perfume não tem marca, porém, supera todas as marcas. Mãe… Mamãe… Mainha…

Aproveitem.

Feliz dia das Mães.

Texto: Gleyber Miranda

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Gleyber Miranda: “Como será daqui a um ano?”

E quando todos os brasileiros já estiverem vacinados e assim considerados imunizados, e se ainda assim alguém vier a morrer de COVID 19, de quem será a culpa?  E quando daqui a um ano começarmos a vermos os partidos se mobilizando em todo país com o objetivo de elegerem seus candidatos que montaram e desmontaram os hospitais de campanha mesmo com o índice de contaminação em alta? Eu só imagino como será daqui a um ano.

Daqui a um ano muitos ainda chorarão pela saudade dos seus entes queridos que partiram por cauda deste vírus maldito. Daqui a um ano imagino que as aulas retornarão, embora imagino que crianças, professores e adolescentes ainda estarão usando suas máscaras e passando álcool em suas mãos. Penso que os cumprimentos entre amigos terão algumas restrições, sem muitos apertos de mãos, sem muitos abraços; e os sorrisos ainda estarão por trás das máscaras.

Mas, diante de tudo isso, eu não quero imaginar que o povo brasileiro esquecerá que seus prefeitos e governadores impediram que o povo trabalhasse julgando eles que os seus serviços não eram essenciais, ou seja, levar o alimento para casa não era essencial no auge da pandemia. Espero que daqui a um ano não venhamos esquecer que uns poucos respiradores foram comprados por cinco milhões de reais, mas a pandemia acabou e eles nunca chegaram. Daqui a um ano vamos nos lembrar que podíamos lotar ônibus e trens, mas não podíamos ir às igrejas pedir ao Deus Criador que nos socorresse.

Daqui a um ano vamos nos lembrar que um pequenino ser vivo que só é visto somente por microscópio parou o mundo, impediu jogos, competições esportivas, impediu movimentos políticos no seu tempo habitual, impediu festas entre amigos e familiares, mas, daqui a um ano vamos nos lembrar que tivemos esperança e nos fortalecemos no Deus Criador, pois eu imagino que vamos nos lembrar que embora a ciência tenha feito sua parte, a nossa fé no Filho de Deus nos deu paz em meio a dor. Às vezes me pego pensando como será daqui a um ano.

Texto: Gleyber Miranda  

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