João Câmara/RN: Escola Indígena do Amarelão dar início ao Projeto Pedagógico “O Jabuti”

A Escola Estadual Indígena professor Francisco Silva do Nascimento na cidade de João Câmara, comunidade do Amarelão, iniciou nesta última segunda (04/09), o projeto pedagógico: o Jabuti. A ideia do projeto é integrar os componentes curriculares, professores e alunos, afim de promover aprendizagens “fora da caixinha”. Integrar é ir além, é ousar, é entender o aluno como ser integral e como tal, necessita de uma formação também integral. Terá como foco, uma ação sociopolítico em torno de um tema relevante e envolta a realidade dos alunos: o marco temporal.

“O sentimento é de felicidade, logo, logo, teremos os resultados desse belíssimo trabalho. Parabéns a todos os envolvidos!”, disse o diretor da escola professor Edvaldo Ângelo.

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Vergonha pra o governo do RN: Escola Indígena de João Câmara paralisa suas aulas por falta de água e professores

Água e professor é o mínimo, o básico, e esse básico O GOVERNO DO ESTADO DO RN não está tendo sensibilidade em garantir.

Por esse motivo estamos passando para comunicar que a partir de hoje, terça-feira, 31 de agosto de 2021, a Escola Estadual Indígena professor Francisco Silva do Nascimento, paralisa suas atividades presenciais com os alunos , decisão tomada em colegiado e acatada pelos estudantes.

Entenda!

Dia 26 de julho as escolas da Rede Estadual do RN, foram autorizadas a retornar presencialmente e desde essa data, nenhum dia depois, a escola retornou presencialmente, a gestão em comunhão com a comunidade e outras parcerias, garantiu até ontem, que não faltasse aula, merenda escolar ou água um só dia sequer.

A merenda escolar

Ao iniciarmos as aulas o estado ainda não tinha resolvido a situação, mostrando no mínimo que não haviam planejado corretamente o retorno e já íamos começar errado, sem o lanche. Então recorremos a pessoas que pudessem ajudar e compramos alguns itens com o nosso salário, Tayse e a DRAE, na pessoa de Edileide, foram muito importantes nessa parceria. Com isso e com a chegada do primeiro repasse da merenda uns 15, 20 dias despois, mesmo só podendo comprar frutas e itens da agricultura familiar. Conseguimos assumir um compromisso feito aos alunos de não deixar faltar lanche um só dia, porém, recorrendo a tudo e a todos.

Água

A escola não dispõe de água encanada e foi entregue com todos os reservatórios com defeito, com vazamentos, toda a água da caixa superior, logo desaparece. As cisternas subterrâneas foram construídas sem os cuidados mínimos e toda a água da chuva trazendo todo tipo de sujeira entra e se mistura com a água limpa que o município manda. Logo, a água só pode ser usada para banheiros, lavar a escola e regar as plantas.

Desde 2020 a escola envia ofícios e abre processos e até hoje a situação não foi resolvida por parte do governo do estado, o que tem deixado a escola sem água potável.

Desde o dia 26 do mês passado a gente pede água limpa a comunidade que já sofre por falta d’água. Ontem alguns funcionários foram pegar pequenos baldes de água em casa para fazer a merenda e lavar a louça. A água que os alunos bebem também é doada. Novamente não interrompemos as aulas um só dia em razão desse grave problema.

A empresa construtora deixou esse grave problema e muitos outros, as cisternas estão ameaçando afundar e causar acidentes. Muito problema de rachaduras em paredes, piso e demais locais. Tudo entregue com a pouca supervisão do governo do estado.

Falta de professores

A escola oferece o ensino Fundamental EJA e o Ensino Médio EJA e regular. Só dispomos no momento de 4 professores. Faltando professor de língua Portuguesa, matemática, educação física, geografia, língua Inglesa, dentre outros. Novamente buscamos parcerias e professores voluntários da comunidade estavam dando aulas gratuitamente nesses componentes. A partir de ontem não foi possível manter a parceria e tivemos que tomar a decisão de paralisar as aulas, já que o estado tem sido ausente e a morosidade em enviar os professores têm trilhado um caminho sem fim.

Cheguei a escola em 2020 e comecei a trabalhar sozinho, no ano de 2020 apenas um professor foi enviado, ou seja, os alunos foram aprovados automaticamente sem ter tido professores. Em fevereiro de 2021 chegaram alguma professores, porém não o suficiente para garantir o direito a educação com o mínimo de qualidade aos alunos. Não podemos permitir a repetição do mesmo erro esse ano.

Frente a todas as situações descritas em tela, a escola toma a decisão de paralisar as aulas presenciais até a resolução dos problemas por parte do governo do estado.

Reafirmamos o nosso desejo de trabalhar com o mínimo de condições para oferecermos um ensino de qualidade a um povo que teve e tem seus direitos básicos negados há séculos. Água e professor é o mínimo, o básico e esse básico o governo do estado não está tendo sensibilidade em garantir.

Tivemos recentemente uma reunião com o Secretário Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Norte e ele é sabedor da problemática!

Nos utilizando da justiça tão necessária no mundo atual, gostaria de esclarecer que a 16° DIREC de tudo tem feito para apoiar a escola, na pessoa de Priscila, a gestora, porém muita coisa foge das suas condições.

Texto publicado no Facebook da Escola Estadual Indígena professor Francisco Silva do Nascimento

Comunidade Escolar

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