Em entrevista Ciro critica “polarização odienta” e pede chance ao eleitor

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, criticou a o que chamou de “polarização odienta” entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL) na corrida pelas eleições 2022, durante a entrevista concedida ao Jornal Nacional, nesta terça-feira (23/8).

O pedetista aproveitou o tempo para tentar convencer eleitores tanto de Lula quanto de Bolsonaro a mudarem seus votos para enfrentar a polarização, “que não ajudei a construir”.

“Me ajude, Me dê uma oportunidade de mudar o Brasil. É o que eu peço. A ciência de errar é repetir as mesmas coisas do passado e imaginar que vai ter resultado diferente. Não vai. Me ajuda a livrar o Brasil dessa bola de chumbo do passado. Vamos nos esperançar. Você que vota no Bolsonaro porque não quer o Lula de volta, me dá uma chance. Você que vota no Lula porque não quer mais o Bolsonaro, há um país para governar, me dê uma oportunidade”, clamou o candidato.

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Ciro Gomes bate boca com Flávio Rocha

Em um evento com empresários do setor de varejo, o candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) criticou um posicionamento do proprietário da rede Riachuelo, Flávio Rocha, a favor da intervenção mínima do governo na economia. “Por favor, Flávio, se desintoxica”, disse o pedetista, ao defender a necessidade de participação do Estado.

— O que eu quero desenhar é um Estado objetivamente encarregado de promover as tarefas aos quais o setor privado não é capaz de fazer. Se não, me responde: Qual foi a nação que lançou sua infraestrutura sem o Estado? Qual foi a nação que atingiu maturidade tecnológica sem a presença pioneira do Estado?

Ciro participava de uma roda de conversa promovida pelo Instituto Desenvolvimento do Varejo (IDV), na cidade de São Paulo. O grupo reúne grandes companhias do setor, como Magazine Luiza, Via e Americanas. O instituto é presidido por Jorge Gonçalves, da Telhanorte Tumelero.

O presidente do IDV avaliou que o bate-boca entre Ciro e Rocha não causou incomodo ao setor ou aos outros empresários presentes:

— O IDV se caracteriza por ser aberto a ouvir todas as opiniões dos candidatos, e os nossos associados têm toda a liberdade de ter seus pensamentos. Nós somos apartidários — disse Jorge Gonçalves a jornalistas depois do evento.

Após o fim do evento, Ciro disse a jornalistas que o debate com o empresário não causa mal-estar por causa da amizade entre eles.

— É uma amizade que já tem uns 40 anos. Vivemos discutindo ideologia, mas nada pessoal. Cada dia que passa somos mais amigos.

Flávio Rocha apoiou Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018, mas depois se disse frustrado pela condução da economia feita pelo atual governo. No pleito passado, Ciro e Rocha já haviam tido um bate-boca sobre o mesmo tema. O empresário afirmou, na época, que o pedetista propagava “a ideologia do bolivarismo socialista”.

Procurada pelo GLOBO, a assessoria de imprensa do Flávio Rocha não respondeu até a publicação desta reportagem. O jornal permanece aberto para eventuais manifestações.

O Globo

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“Moro é um verdadeiro clone do Rolando Lero”, diz Ciro Gomes

Fizeram uma pergunta simples ao Moro no Canal Livre, da Band: o que ele propõe pra esse Brasil que está tão empobrecido? A resposta não deixa nenhuma dúvida: Moro é um verdadeiro clone do Rolando Lero”, escreveu Ciro Gomes em suas redes sociais.

Veja no vídeo à baixo:

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Ciro Gomes chama Cuba de “ditadura” e compara a regimes de Hitler e Mussolini

IG

Foto: André Carvalho/CNI

Em vídeo publicado em suas redes sociais, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) comentou a conjuntura política de Cuba — que vive onda de protestos populares há quase uma semana. Segundo o pedetista, o regime cubano é uma “ditadura” semelhante aos regimes nazista e fascista, vividos respectivamente na Alemanha e na Itália no século XX.

“Outros regimes despóticos, até mesmo terríveis como os de Hitler [na Alemanha], Mussolini [Itália] e Stalin (URSS) foram apoiados por certo tempo pela maioria do povo, Mas esse apoio não os transformou em democracias”, comentou.

Na gravação, Ciro ainda critica o embargo econômico dos EUA a Cuba e as políticas externas dos governos passados do Trabalhadores (PT) e do atual, de Jair Bolsonaro (sem partido), em relação ao tema.

“A política externa brasileira não pode ser condescendente, como é agora no governo Bolsonaro, com desrespeito à soberania de Cuba e ao direito internacional, promovido nos Estados Unidos (…) E não deve seguir o figurino do PT, marcado pelo cacoete de velho tipo de esquerdismo”.

Ambos criticados, os ex-presidentes Lula (PT) e o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro, pensam de maneira antagônica em relação às manifestações em Cuba. Enquanto o petista criticou o embargo econômico norte-americano ao país — que já dura 60 anos—, Bolsonaro demonstrou apoio ao civis descontentes.

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