Ciro defende convergência estratégica em prol do desenvolvimento

Em evento hoje (20), em Campinas (SP), o candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, falou em “fazer uma convergência estratégica” em prol do desenvolvimento do país. Segundo ele, a China é um exemplo disso, junto com os Estados Unidos. Ciro aponta que esses países souberam aliar um Estado e uma iniciativa privada fortes para alcançar o crescimento.

O candidato disse que é preciso “encerrar a batalha ideológica burra que hoje nos impede de raciocinar com nossa própria inteligência”, em uma crítica a espectros políticos extremos, tanto na direita quanto na esquerda. “O mundo que conseguiu êxito civilizatório baniu os extremismos ideológicos e conseguiu fazer uma convergência estratégica. Às vezes estrita, como a chinesa, às vezes pactuada, como a americana”, disse.

Ciro defendeu esse desenvolvimento na junção de um Estado e iniciativa privada fortes, além de uma universidade capaz de produzir as soluções tecnológicas. Segundo ele, a China passou a crescer economicamente quando “se livra da economia estatista strictu sensu e funda uma poderosa iniciativa privada, sem abrir mão da tarefa indeclinável do Estado de prover infraestrutura, estabelecer o avanço tecnológico”.

Em sabatina realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Ciro também defendeu o fortalecimento de investimento nacional. “É completamente falsa a ideia de que se a gente cumprir o manual do bom moço internacional, o capital estrangeiro virá socorrer o Brasil. Isto nunca aconteceu na história de nenhuma nação”, disse.

O candidato do PDT também criticou o que chamou de “dependência externa” vivida pelo Brasil, e deu o exemplo da área da saúde. “Só na saúde importamos US$ 17 bilhões por ano. Em números redondos, estamos falando de R$ 100 bilhões em perda de poupança, financiando emprego para a China, Índia e na Europa em coisas que o próprio governo paga, compra e distribui aqui como remédios”.

Um maior investimento na produção nacional e o fim dos extremismos são parte de um tripé proposto por Ciro para aumentar o desenvolvimento do país. O terceiro fator será, segundo Ciro, “investimento em gente”.

Amanhã (21), às 10h, o candidato participa de uma sabatina promovida pelo jornal Estadão e a consultoria Faap. À noite, Ciro concede entrevista a um podcast.

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Em evento no RS, homem armado tenta agredir Ciro e PF precisa intervir

A campanha do candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) denunciou à polícia uma tentativa de agressão ao presidenciável e equipe durante agenda de campanha no Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre (RS), na tarde deste sábado (10/9).

De acordo com a equipe de comunicação de Ciro, o homem, que não teve a identidade divulgada, estava armado, é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), chegou a agredir fisicamente integrantes da comitiva e tentou agredir o candidato do PDT.

O suspeito foi retirado do evento por policiais federais que fazem a segurança do candidato à presidência. Não há informações sobre as investigações.

“Todas as medidas estão sendo tomadas para que a polícia apure e o caso e a Justiça determine punição ao agressor”, informou a campanha de Ciro, em nota.

Metrópoles

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PDT oficializa candidatura de Ciro Gomes ao Planalto, mas vice segue indefinido

O ex-ministro Ciro Gomes foi oficializado, nesta quarta-feira, como candidato à Presidência pelo PDT na convenção nacional do partido, em Brasília. O presidenciável foi aprovado como postulante na disputa ao Planalto por unanimidade entre os 280 delegados da sigla.

Sem ainda ter apoio de outros partidos, o PDT não oficializou ninguém para a vaga de vice na chapa de Ciro. Os membros da sigla votaram e aprovaram para que a escolha de quem ocupará o posto seja definida exclusivamente pela Executiva nacional. Da mesma forma, também aprovaram para que as coligações fiquem a cargo dos dirigentes pedetistas, sem que precisem ser avalizadas pelo restante da legenda.

O mesmo aconteceu na última eleição, em 2018. Naquele ano, Ciro também não tinha um vice escolhido e tampouco partidos aliados na disputa presidencial. No último dia das convenções, a senadora Kátia Abreu (TO), filiada ao PDT naquele ano, foi escolhida como companheira do presidenciável na chapa ao Planalto. Naquele mesmo dia, o Avante também declarou apoio à candidatura do ex-ministro.

Desta vez, dirigentes do partido já admitem que podem estender o prazo para definir o vice e fechar as coligações até o dia 15 de agosto, prazo final para o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ciro foi oficializado candidato no primeiro dia do prazo para as convenções partidárias. O partido aposta que, uma vez consolidado no páreo, Ciro tem mais chances de atrair apoios. A candidatura é oficializada após membros do partido serem assediados pelo PT para darem palanque ao ex-presidente Luiz Inácio Lula.

O Globo

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