
Foto: Pedro França/Agência Senado
O União Brasil e o PP lançaram, nesta terça-feira (29), a União Progressista, com a maior bancada do país. A “superfederação” reúne 109 deputados federais, 14 senadores e 1400 prefeitos. Juntos, terão fundo eleitoral de cerca de R$ 1 bilhão. Também já nasce envolta em divergências: a federação começa com a ameaça de parlamentares que falam nos bastidores em sair do União Brasil, a exemplo dos deputados Kim Kataguiri, Mendonça Filho, Danilo Forte e Pauderney Avelino, mais alinhados à oposição. Em reunião da bancada nesta segunda, o presidente Antônio Rueda pediu paciência e afirmou que valerá a pena permanecer no partido.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reforçou que é pré-candidato à presidência da República, e disse que uma federação do tamanho da União Progressista precisa ter protagonismo.
“Como que você é o maior partido e você não tem candidato? Qual é a finalidade do partido? Então, quer dizer, me desculpe a pergunta, mas quando você constrói um partido desse tamanho, você, lógico, você quer eleger governador, senador, deputado federal, presidente da República. É o objetivo. Se não, você não teria esse objetivo. Você vai construir o maior partido para ser o quê?”
À reportagem, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que parte da federação está e vai permanecer com o governo Lula. Ele defendeu a manutenção da aliança.
“O exercício do diálogo é uma característica das lideranças dessa federação. Eu não tenho dúvida que vão convergir até o momento oportuno, o momento mais conveniente, convergir a fim de tomar a melhor decisão. Eu faço parte de uma corrente que eu julgo majoritária dentro dessa federação, que vai defender no momento oportuno, no momento apropriado, que essa maior força política que surge hoje no Brasil caminhe junto da reeleição do presidente Lula.”
Além de Sabino, o União tem os ministros Waldez Góes na Integração Nacional e Frederico Siqueira, na Pasta das Comunicações, ambos apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Já o PP está representado na Esplanada com o ministro do Esporte, André Fufuca.
A direção da federação será compartilhada, inicialmente, por Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (Progressistas), que presidirão juntos até dezembro deste ano, quando haverá eleição para a nova composição. Inicialmente, a previsão era da federação ser liderada pelo ex-presidente Arthur Lira, o que gerou controvérsia interna.
De olho na sobrevivência como um partido, a executiva nacional do PSDB aprovou por unanimidade o início do processo formal para se fundir ao Podemos. O martelo deverá ser batido em convenção nacional em junho.
A fusão terá de ser aprovada pela Justiça Eleitoral, dando origem a um novo partido. Provisoriamente, o nome é PSDB+Podemos. Juntos, os partidos somam 28 deputados e 7 senadores.
O PSDB tem vivido uma debandada, e recentemente a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, deixou a sigla e se filiou ao PSD. O governador gaúcho Eduardo Leite, que ameaça deixar a legenda, participou do encontro de forma virtual e também votou a favor da fusão.
CBN

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