Fim de ano: como ressignificar sentimentos da perda e enfrentar o luto

Psicóloga da Sempre Assistência Familiar orienta ações que podem trazer conforto a quem enfrenta o sofrimento de uma perda nesse período.
Com a chegada das festas de final de ano, começa o período de encontros, confraternizações com amigos e familiares, balanço do que passou e planejamento do ano que está para iniciar. No entanto, a fase que para muitos é motivo de alegria e comemoração, para outros traz angústia, tristeza e sensação de vazio diante da ausência de entes queridos.

O luto, uma reação natural à perda, pode afetar indivíduos de maneiras diversas, de modo que a psicologia desempenha um papel fundamental para um melhor enfrentamento. Alguns planos de Assistência Familiar, inclusive, já oferecem esse suporte, como a Sempre.

Segundo a psicóloga Anna Cláudia Abdon, da Sempre Assistência Familiar, o fim de ano representa, para muitos de nós, um fim de um ciclo. E isso pode reforçar os sentimentos negativos para quem está vivenciando um luto.

“Cada pessoa lida com a perda de uma maneira única. As emoções envolvidas relacionadas à morte geralmente trazem muita dor, sofrimento e até reações físicas, como sensação de vazio e dor no peito. No final do ano, os sentimentos de perda costumam aparecer com mais força e estão associados a melancolia, tristeza, arrependimento, culpa, raiva e solidão”, constata.

A especialista acrescenta que buscar auxílio profissional faz toda a diferença no enfrentamento desse período. “A psicoterapia auxilia no cuidado com a pessoa enlutada, por ser um suporte emocional importante para lidar com os desafios que a perda traz. Além de ser um espaço de fala e compreensão sobre o seu processo de luto. Muitas vezes, essas pessoas enlutadas não têm com quem falar sobre a morte”, explica Anna Cláudia Abdon.

Além disso, ela aponta que o reconhecimento colabora com o processo de luto. “É importante permitir-se vivenciar essas emoções, pois reprimi-las pode prolongar o processo de luto. Em algumas situações, pode ser importante recorrer também a um psiquiatra, para ter auxílio com alguma medicação, caso seja necessário”, ressalta a psicóloga da Sempre Assistência Familiar.

Ainda conforme a psicóloga, existem algumas iniciativas que podem contribuir para o processo de ressignificação do luto. Homenagear àqueles com quais um dia convivemos, com publicações de fotos do ente querido, ouvir uma música que lembra aquela pessoa, fazer orações, contar histórias que os envolvem. Ou até mesmo preparar uma comida especial para despertar uma memória afetiva da pessoa que se foi. “Isso tudo dá um novo sentido às relações que foram construídas ao longo da vida”, pontua.

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