Lugano volta à Arena das Dunas e relembra exclusão de Suárez na Copa 2014: “Sensação de raiva”
Nove anos se passaram daquele Itália x Uruguai histórico pela Copa do Mundo 2014 no Brasil. Um dos líderes da seleção uruguaia, Diego Lugano estava na Arena das Dunas naquele 24 de junho, mas não pôde entrar em campo por conta de uma lesão. Do banco de reservas, virou um auxiliar de Óscar Tabárez, viu a tão polêmica mordida de Luis Suárez no italiano Chiellini e vibrou com o gol da vitória marcado por Godín. Nesta quinta-feira, o ex-zagueiro voltou a Natal e, enfim, pôde atuar no gramado da Arena, agora como embaixador da LaLiga Schools Brasil.
Ídolo do São Paulo, o ex-jogador uruguaio participou do lançamento oficial da escola de futebol da entidade espanhola na capital potiguar e fez a alegria da garotada no gramado da Arena.
Em entrevista coletiva, Lugano lembrou que o duelo contra a Itália foi uma das últimas partidas dele pela Celeste. Disse que mandou mensagem para Suárez com a foto da Arena e avisou a Godín sobre o retorno a Natal, de onde guarda “grandes lembranças”.
– Vocês não imaginam os bastidores daquele dia. Eu poderia fazer um livro. Primeiro que eu queria jogar, e não podia. Estava com muita dor. Jimenez entrou na minha vaga, com 18 anos. Nós tínhamos que vencer para classificar, e eliminar a Itália. A Itália fez um jogo truncado. Eu estava machucado, mas fiquei no banco. Como o (Óscar) Tabárez era muito calmo, eu era o cara que gritava, fiquei muito ativo. O jogo foi muito quente, teve briga no intervalo a caminho do vestiário, porque os italianos estavam enchendo o saco de Luis (Suárez), provocando – conta.
– Aconteceu aquilo com Luis (mordida) e Chiellini meio que perdeu a concentração e veio Godín e fez o gol. Itália para fora, Uruguai classificado. Com toda a polêmica, na coletiva em vez de comemorar ficávamos com aquela de o que falar, o que não falar. ‘Você fala isso, você não fala isso’ – completa.
Lugano recordou ainda que foi um choque para todos da Celeste a notícia do banimento de Suárez do Mundial. O atacante precisou deixar a delegação em Natal e sair do país na oportunidade.
ge/rn
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