A presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Alda Fernandes, disse que se sente traída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela proferiu a declaração na sexta-feira 24, durante uma assembleia com metroferroviários.
“Acreditei nele”, afirmou. “A categoria também acreditou nele. Participamos de várias coisas. Encontrei muitos companheiros na luta, para que Lula fosse eleito. E foi isso que ele nos deu. Na realidade, é uma traição o que ele fez com a categoria metroferroviária. O fato de ele não receber essa categoria mostra que ele pouco se importou com a nossa venda.”
Na quinta-feira 23, o Grupo Comporte assinou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social o contrato de compra e venda de ações da Veículo de Desestatização MG Investimentos (VDMG), controladora da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG).
A privatização da VDMG é uma das condições para a assinatura do contrato de concessão do metrô de Belo Horizonte. O Grupo Comporte venceu o leilão em dezembro de 2022, com uma proposta de R$ 25,7 milhões.
O descontentamento de Alda se deve justamente à privatização da VDMG. Nas redes sociais, o Sindimetro publicou imagens de protestos contra Lula.
“Jamais esperei que esse dia fosse chegar para a gente”, disse Alda. “A sensação que tive ontem [dia em que houve o acordo de privatização] e tenho ainda hoje é de traição. É traição do governo federal. Traição do Lula.”
Revista Oeste
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