Apesar de viver boa fase no futebol, o nome de Neymar, que é considerado o principal jogador da seleção brasileira, tem repercutido na última semana diante da possibilidade do jogador ser preso e ficar fora da Copa do Catar.
No dia 17 de outubro, teve início o julgamento que colocou o craque brasileiro no banco dos réus por acusações de fraude e corrupção em sua transferência do Santos para o Barcelona no ano de 2013. O jogador se apresentou ao tribunal na Espanha, mas foi liberado de acompanhar a sessão pelo juiz José Manuel Del Amo Sanchez para voltar a Paris.
O encerramento das sessões está previsto para o dia 31 de outubro, 24 dias antes da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo. Caso condenado à pena máxima, a lei espanhola determina que além de multa, Neymar seja condenado a dois anos de reclusão e inabilitação profissional.
Entenda as acusações do Caso Neymar
O caso tem início diante da denúncia feita pela empresa brasileira DIS, a qual detinha os direitos econômicos de Neymar em 2013. Na ação, o jogador, e os ex-presidentes do Barcelona Rossel e Josep Bartomeu são acusados de corrupção empresarial e irregularidades na transferência do craque do Santos para o clube catalão. O ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho também foi convocado para as sessões.
A DIS acusa as partes de terem fraudado o contrato para que a empresa recebesse menos pelo acordo. A transferência, que teria custado 57,1 milhões de euros, após investigação movida pela denúncia, é apontada em 83,3 milhões de euros. Além disso, a Justiça espanhola suspeita de que o valor tenha sido diluído em contratos paralelos com o intuito de encobrir a fraude. A defesa nega.
Neymar pode mesmo ser preso e perder a Copa?
A defesa do jogador acredita que não. Em material divulgado pela empresa do atleta, seus advogados explicam a situação.
“O ponto mais importante dessa conversa é justamente destacar o fato de que no Brasil o crime de corrupção privada ou corrupção entre particulares não existe. Portanto, nem Neymar Jr. e nem seus familiares poderiam ser processados no nosso país por essa acusação que ocorre na Espanha”, disse João Gameiro, advogado e mestre em direito penal pela USP.
No entanto, a lei espanhola prevê uma pena máxima de dois anos de reclusão e inabilitação profissional e multa. A DIS, empresa que realizou a denúncia, solicita uma indenização de 25 milhões de euros. Um acordo entre as partes é considerado improvável. O caso ainda cabe recurso à Suprema Corte.
Por Bahia Informa
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