Quais os efeitos da doença na saúde do paciente?
A varíola dos macacos é uma doença rara causada pelo vírus Monkeypox, pertencente ao gênero Ortopoxvirus da família Proxviridae. São conhecidas duas cepas do vírus: a da África Ocidental, única identificada no surto recente fora do continente africano e que parece ser mais branda, com 1% a 3% de taxa de letalidade, e a da Bacia do Congo, que é mais perigosa e apresenta até 10% de taxa de letalidade.
O período de incubação do vírus é de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados em pacientes com a varíola humana, doença erradicada em 1980, e se dividem em duas fases. Febre, dores de cabeça e no corpo, calafrios, linfonodos inchados e exaustão aparecem na primeira etapa, que tem duração de 3 a 5 dias.
Erupções cutâneas no rosto, na palma das mãos, na sola dos pés, nos olhos, na boca ou nos genitais – que apresentam cinco diferentes estágios (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e, ao final, crostas) – surgem na segunda etapa a partir do 4º ou 5º dia. As lesões cutâneas podem ser desconfortáveis e pruriginosas, causando coceira e/ou dores. Assim é importante observar e tratar as lesões.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Monkeypox é muitas vezes autolimitada e seus sintomas tendem a desaparecer espontaneamente dentro de 14 a 21 dias. É também menos contagiosa e costuma apresentar quadros mais leves que a varíola humana (smallpox).
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