Para MP, reajuste dos professores não é tema eleitoral e consulta de Fátima ao TRE-RN não tem sentido

O procurador regional Eleitoral, Rodrigo Telles, emitir parecer pelo não conhecimento de consulta feita pela governadora Fátima Bezerra ao Tribunal Regional Eleitoral para saber se poderia dar o aumento de 33% aos professores sem infringir a lei eleitoral, por ser candidato à reeleição. Com negociação que se arrasta há vários dias e a greve deflagrada pelos professores. Fátima tentava saber do TRE se haveria vedação ao pleito da categoria.

O procurador ressaltou no parecer ao opinar pelo não conhecimento da consulta que o assunto não se trata de “caracterização da conduta vedada prevista no art. 73, VIII, da Lei nº 9.504/97, na hipótese de o gestor público estadual ou municipal apenas e tão-somente, ainda que em ano eleitoral, atualizar os respectivos valores nos termos fixados pela União, ainda que o índice aplicado exceda a inflação”.

Por fim diz o parecer, “não-conhecimento da consulta, em razão da formulação de questionamentos concretos, ou, subsidiariamente, o não
conhecimento do primeiro questionamento, uma vez que ele não veicula material eleitoral propriamente dita”.

O caso está sob relatório do desembargador Cláudio Santos e deverá ser analisado nós próximos dias. Confira o parecer na íntegra:

Justiça Potiguar

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Nova pesquisa traz má notícia para Bolsonaro e alerta para Lula

As pesquisas de intenção de voto serão, com sempre, o grande termômetro das eleições em 2022. Até aí, nenhuma grande novidade.

A nova pesquisa Ipespe, divulgada nesta sexta-feira, 25, revela, por exemplo, que o eleitor brasileiro é conservador, em sua maioria, mas continua preferindo Lula a Jair Bolsonaro.

Esses dados são no mínimo curiosos. Vejam o que diz o cientista político Antonio Lavareda, responsável pela pesquisa Ipespe, sobre isto:

“Se a maioria dos eleitores é conservadora e vota no Lula (com potencial de voto próximo a 60% ). Bolsonaro e o PT podem estar complicados”, aponta Lavareda.

“O primeiro porque, ao que parece, não está sendo reconhecido como representante dos valores tradicionais que alardeia, e o segundo, porque a dianteira de Lula não significa adesão às bandeiras mais avançadas do partido”, completou o cientista político.

Se o conservador não está reconhecendo Bolsonaro como candidato é porque o presidente tem errado em sua comunicação destrambelhada. Em tese, ele deveria conquistar esse eleitor.

Por outro lado, se o conservador vota em Lula, definitivamente não apoiará o seu governo, que promete ser mais à esquerda que o ultimo mandato dele, que terminou em 2010.

Por isso, é preciso procurar os detalhes desses levantamentos para entender qual a questão importa neste momento, meses antes das eleições. 

Por exemplo, desde novembro de 2021 Bolsonaro não conseguia ter 25% de avaliação ótima e boa do seu governo. Isso voltou a acontecer. 

O mesmo pode-se falar sobre a (des)aprovação do governo.

Em novembro, 63% não aprovavam o governo. De lá para cá, o número desaprovação só aumentou, mas voltou agora, em fevereiro, novamente para 63%. 

A eleição será longa. E os seus detalhes nos ajudarão a entender o que teremos pela frente.

Veja

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