O deputado federal Rafael Motta (PSB-RN) foi criticado nas redes sociais neste fim de semana por ter participado de uma aglomeração sem máscara durante o desfile de um dos blocos do Carnatal.
O parlamentar foi criticado pelo comportamento porque sempre condenou a postura dos “negacionistas” da pandemia, grupo de pessoas que nega adesão às recomendações científicas para conter o avanço da Covid-19.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, usou as redes sociais para acusar Rafael Motta de ser “hipócrita”. Na publicação, o ministro expôs o momento em que Rafael Motta dança em um dos blocos da festa e comparou com um comentário que o deputado fez em junho deste ano, no qual prega a favor das máscaras e do distanciamento social.
“Hipócrita – aquele que demonstra uma coisa, quando sente ou pensa outra, que dissimula sua verdadeira personalidade e afeta, quase sempre por motivos interesseiros ou por medo de assumir sua verdadeira natureza, qualidades ou sentimentos que não possui; fingido, falso, simulado”, escreveu o ministro em seu Instagram.
O deputado estadual Coronel Azevedo (PSC) também criticou Rafael Motta. No Instagram, o parlamentar potiguar afirmou que a defesa das medidas restritivas durante a pandemia “nunca foi pela saúde”.
Nas redes sociais, vários outros internautas escreveram mensagens no mesmo sentido. “A máscara caiu”, disse o seguidor Paulo Henrique. “Rindo da cara de todos”, acrescentou Kleber Lomonte.
Outro lado
Em nota, o deputado federal disse que seus posicionamentos são coerentes com o que diz a ciência e que, com a vacinação, é possível retomar a normalidade.
“Desde o início da pandemia, quando a orientação era para que quem pudesse ficasse em casa, para se preservar e preservar as vidas daqueles que não tinham escolha e precisavam sair para trabalhar; e agora, com a liberação de atividades para pessoas plenamente vacinadas”, escreveu.
E acrescentou: “Os que me acusam de incoerência são exatamente aqueles que, por interesses não republicanos, ignoraram os apelos dos cientistas e médicos, há quase dois anos, porque diziam que tudo deveria seguir apesar do vírus que ceifou a vida de milhares de brasileiros; que apoiam o Governo que vetou o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), do qual fui co-autor, e tardou a comprar imunizantes; e que agora diante da única solução possível para a crise sanitária, a vacina, não querem que as nossas vidas aos poucos voltem à normalidade.”
Portal 98 FM
Compartilhe: