A ampla cobertura da Globo das eleições – especialmente a da corrida à Presidência da República – sempre se destacou pela divulgação de pesquisas de intenção de votos até a noite anterior à abertura das urnas. A emissora poderá perder esse chamariz de público.
Na madrugada desta quinta-feira (16), votação na Câmara dos Deputados do projeto de Código Eleitoral aprovou a proibição de informar pesquisas na véspera e no dia das eleições. O texto segue para a análise do Senado. Caso seja aprovado, o presidente Jair Bolsonaro tem até o início de outubro para sancionar ou vetar. Com isso, as mudanças já valerão para 2022.
As pesquisas de institutos profissionais e isentos sempre serviram de farol aos eleitores indecisos. Ao mesmo tempo, ajudam a minimizar as fake news com levantamentos falsos ou deturpados que atendem a interesses de determinados candidatos, partidos e projetos ideológicos.
Proibir os telejornais de revelar a tendência de resultado nas eleições e possíveis ‘viradas’ de candidatos é censura à imprensa e também uma maneira de desinformar o eleitor. Na TV, âncoras e comentaristas políticos perderiam matéria-prima valiosa para suas análises e projeções.
Terra
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