Acusado de matar Marielle é suspeito pela morte de ex-deputado e mais três pessoas

Além da morte do ex-policial André Henrique da Silva Souza, o André Zoio e sua companheira, Juliana Sales de Oliveira, de 27 anos, a Força-Tarefa do Caso Marielle e Anderson (FTMA) do Ministério Público do Rio (MPRJ) encontrou indícios de envolvimento do sargento reformado da PM Ronnie Lessa em outros quatro assassinatos. Em decorrência desses achados, serão reabertos os inquéritos que investigam as mortes do ex-deputado estadual Ary Brum, em 18 de dezembro de 2007, do então presidente da associação do Camelódromo da Rua Uruguaiana, Alexandre Farias Pereira, em 18 de maio de 2007, e dos irmãos Ary e Humberto Barbosa Martins, ocorridos em 6 de novembro de 2006.

Na casa de Lessa, os investigadores encontraram a íntegra do depoimento de um filho do então líder do Camelódromo, prestado à época da execução da vítima, grampeado a um bilhete no qual se lia “Periquito mandou sarquear”. Sarquear, na gíria policial, significa levantar a folha de antecedentes criminais (FAC) de investigados. A força-tarefa apurou que “periquito” era o apelido de Djacir Alves de Lima, que teria assumido controle da associação no lugar de Alexandre.

Na quebra do sigilo digital de Lessa, os investigadores também constataram que Lessa pesquisou o CPF do ex-deputado estadual Ary Brum no dia 22 de outubro de 2007. Cerca de dois meses depois, no dia 18 de dezembro, Brum foi executado em carro oficial no viaduto de acesso à Linha Vermelha, em São Cristóvão, na Zona Norte, ao sofrer uma emboscada pelos ocupantes de um Honda Civic. Um motociclista dava cobertura aos assassinos. Assim como no caso de Ary Brum, Lessa também pesquisou Ary Barbosa e a mulher dele —cujo nome será omitido por questão de segurança —, nos dias 2 e 9 de outubro de 2006, portanto, cerca de um mês antes do duplo homicídio.

Alexandre Farias Pereira era líder do Camelórdromo da Uruguaiana, no Centro, e foi morto quando passava de picape pela Avenida Brigadeiro Lima e Silva, em Duque de Caxias, no dia 18 de maio de 2007. O motivo da morte de Alexandre seria a disputa pelos lucros provenientes de negócios ilícitos e o controle do Camelódromo.

Reportagem publicada pelo O GLOBO, em março de 2006, citou denúncias de camelôs da Uruguaiana de que Alexandre lucrava cerca de R$ 150 mil por mês na cobrança de taxas para permitir a venda de produtos piratas no local. De acordo com os ambulantes, o dinheiro era recolhido por seguranças a título de “contribuição social”. Antes do homicídio, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) abriu um inquérito para investigá-lo, mas depois do crime, o caso também não foi adiante.

Os irmãos Ary e Humberto Barbosa Martins foram mortos em 6 de novembro de 2006. O crime ocorreu na Avenida Beira-Mar, no Centro do Rio. As vítimas estavam num Golf e saíam de um posto de gasolina quando foram atacadas a tiros. O pára-brisa foi atingido por pelo menos 11 disparos. Ary Barbosa, que dirigia o carro, morreu na hora. Humberto, que era policial federal e estava no carona, morreu a caminho do hospital.

Ligação com Girão

A Força-Tarefa do Caso Marielle e Anderson so MPRJ e a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) concluíram as investigações que comprovam a ligação de Cristiano Girão, ex-vereador e ex-chefe da milícia de Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio, com Lessa. Girão teria contratado Lessa para executar o ex-policial André Zóio, e sua companheira, Juliana. Os crimes ocorreram em 14 de junho de 2014 e a motivação seria uma disputa pelo controle da Gardênia. O vínculo é considerado pela polícia e pelo MPRJ como um passo decisivo na elucidação do Caso Marielle. A investigação do caso Marielle Franco

A peça que estava faltando para conectar Girão a Lessa foi descoberta pelas promotoras da força-tarefa, Simone Sibílio e Letícia Emile, e pelo delegado Moysés Santana, que indiciou Girão. Em consequência disso, as promotoras denunciaram o ex-vereador. Este foi o último ato do trio que deixou o caso na semana passada. Segundo fontes, as duas promotoras entregaram os cargos alegando “interferências externas” da Polícia Civil no MPRJ. Já Santana foi exonerado do cargo.

O Globo

Compartilhe:

Engenheiro Agrônomo Josenildo “Nildinho” faz alerta para a situação crítica que os produtores rurais da região do Mato Grande irão enfrentar no 2° semestre de 2021

“Após a frustração do volume de chuvas previstas para o periodo chuvoso de 2021, o produtor rual da região do Mato Grande já enxerga um horizonte de grandes dificuldades no segundo semestre, principalmente para os criadores, que além de não terem reserva forrageira para o periodo seco do ano, não houve recarga dos pequenos reservatórios de suas propriedades” afirmou o Engenheiro Agrônomo.

Nildinho, como é mais conhecido, ainda alerta que um conjunto de outros fatores como dificuldade de acesso a crédito, ausencia de assistencia técnica, e políticas publicas de socorro ao produtor rural, principalmente o pequeno de base familiar, tem concorrido para acentuar a situação.
“É preciso que o poder público se articule nas suas três esferas para que se possa viabilizar não só um socorro emergencial, mas para que se agaranta ao produtor rural, que diga-se de passagem que é a locomotiva desse país, uma atenção continua que permita o seu desenvolvimento” acrescentou.

Compartilhe:

Segundo FPM de julho será de R$ 905 milhões

A segunda parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de julho será de R$ 905.059.741,26. A transferência representa 20% do total mensal, considera o período entre os dias 1º e 10 e entra nos cofres municipais na próxima terça-feira, 20. Ano passado, o repasse somou R$ 713 milhões, pouco menos do que valor atual com a retenção do Fundo Nacional da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) – R$ 724.047.793,01.

Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), este decêndio de julho será positivo em 26,79%, mas, considerando a inflação, o crescimento reduz para 18,6%. Ao somar a primeira e a segunda transferência, o FPM do sétimo mês do ano soma R$ 5,6 bilhões contra R$ 4 bilhões de 2020. O mês está 38,80% melhor ou, considerando a inflação, 29,25% maior.

Até o momento, em todos os meses, o fundo foi superior e já repassou mais de R$ 77 bilhões aos Entes municipais. Por mês, o crescimento menos expressivo ocorreu em fevereiro, apenas 4,13%. Em abril, maio e julho, a alta respectiva foi de 25,44%, 42,57% e 51,86%, já considerando a inflação. O acumulado do ano tem crescimento de 30,35%. Com a inflação do período, esse cenário fica em 22,42%.

Compartilhe: