E QUEM NÃO COMEMORARIA SE ESTIVESSE LÁ?

Os jornais divulgaram essa semana o fim trágico da história de Lázaro Barbosa, que há 20 dias vinha causando terror por onde passava. Uma operação policial sem precedentes foi montada para capturar um homem de 32 anos que decidiu por algum motivo, (motivo esse que ainda está sendo investigado) matar pessoas. Helicópteros, viaturas de dois estados, centenas de policiais treinados para esse tipo de operação, cães farejadores e equipamentos de tecnologia de última geração, todo um investimento; um alto custo financeiro para deter um matador.

Logo que fora localizado, segundo os policiais que o encontraram, houve resistência e troca de tiros. Muito natural que o Lázaro Barbosa fosse alvejado por vários tiros, pois estava cercado e em desvantagem. Após o anúncio da sua morte, os moradores comemoraram com fogos de artifícios, vibraram pelas ruas; seus próprios conhecidos e quem sabe amigos de infância puderam finalmente sossegar o medo e dormir em paz.

A mídia por outro lado parece não ter gostado muito de ver as pessoas comemorando a captura de um assassino, muito menos sendo por morte. Mas as pessoas que ali residem estavam apavoradas; amedrontadas, inseguras… e se nós estivéssemos lá, não comemoraríamos também? De fato lamentamos por sua família, seus pais em especial, pois não temos dúvida que não foi ensino de violência que Lázaro Barbosa recebeu de seus pais, certamente.

Mas se é pela paz de uma comunidade, ou mesmo pela paz de uma família, não sei se com fogos de artifícios, mas não acho que é pecado ou crime comemorar pela paz. Parabéns a todos os envolvidos nessa missão, do comandante aos cozinheiros que ficaram na escola. Bom trabalho, parabéns.

Texto: Gleyber Miranda 

Compartilhe:

Deixe um comentário