Arthur Lira, vice-presidente do PP-AL e candidato à presidência da Câmara dos Deputados, disse que o número de beneficiários deve ser reduzido no contexto da ampliação do auxílio emergencial. Lira teve apoio do presidente Jair Bolsonaro (apartidário) na campanha e é a líder do Centrão.
“Penso que foi providencial para manutenção da economia aquecida, mas sabemos que ele teve falhas. Acho que a base de recebimento será menor. O cadastro será mais polido”, disse Lira durante reunião mensal do Conselho Político e Social (COPS), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Lira disse também que não conversou com ninguém do governo sobre a ampliação do auxílio emergencial ou o estabelecimento de novos programas sociais para substituir ou reformar o programa de subsídio familiar. “Eu tenho a impressão de que, dentro do teto, com o Orçamento aprovado, o mercado aceitaria entre R$ 20 bilhões e R$ 50 bilhões por um período máximo de seis meses”, afirmou Lira. “O nosso esforço e otimismo nesse assunto é que a gente precise de dois a três meses, com o Orçamento aprovado, para discutir um novo programa. Para isso, precisaria da PEC emergencial para ter espaço e garantir o teto”, afirmou.
No segundo semestre de 2020, o governo estuda a formulação de um novo plano social, cujo objetivo é substituir várias vezes o plano de Bolsa Família. Pagará mais e cobrirá mais beneficiários.
Governo enfrenta pressão para expandir
O governo Bolsonaro já está considerando devolver o auxílio emergência. A equipe econômica reconheceu que, com o aumento dos casos de covid-19 no Brasil, pode ser necessário fornecer alguma ajuda financeira aos trabalhadores informais.
Segundo reportagem do “Financial Times”, pelo menos três pessoas da equipe confirmaram essa possibilidade.
Pensa-se que é quase inevitável aumentar a despesa pública para fazer face ao impacto do aumento dos casos de pandemia. De acordo com o trio, já está claro que o segundo turno da nova pandemia do coronavírus está acontecendo no Brasil. Os três pediram anonimato porque essas discussões ainda acontecem em particular.
Além disso, após o fim do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viu sua popularidade despencar em dezembro. Isso também pode aumentar a pressão sobre o Ministério da Economia para devolver o plano. O Ministério da Economia não se pronunciou sobre o assunto.
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