A popularidade do WhatsApp faz com que o mensageiro seja a ferramenta escolhida por cibercriminosos para a aplicação de golpes. A tentativa mais comum feita pelos criminosos é a de, após clonar o aplicativo de um usuário , se passar pela vítima e solicitar aos contatos o depósito de valores.
Até então, isso era feito por meio de transferências bancárias comuns, que levavam algumas horas ou até um dia para de fato serem efetivadas. Com a chegada do Pix , que promete transações instantâneas entre contas – sejam elas de bancos tradicionais ou digitais -, os golpes estão se modificando – e trazendo um detalhe bastante perigoso: a dificuldade para recuperação dos valores.
Isso porque, devido à rapidez com que os pagamentos são enviados, os criminosos conseguem movimentá-lo quase que imediatamente, diminuindo drasticamente o tempo que a vítima tem para entender que caiu em um golpe e acionar o banco para solicitar o cancelamento da transação.
De acordo com alguns bancos ouvidos pelo Uol, a devolução até é possível, mas deve ser analisada caso a caso, já que o usuário autorizou a transferência do dinheiro.
Mesmo assim, é recomendado que, assim que o usuário perceber que foi vítima de um golpe, comunique o banco que o dinheiro foi destinado. Em segundo lugar, é importante se resguardar por meio de um boletim de ocorrência. Por fim, se houver problemas para resolver a questão com o banco, é possível registrar uma reclamação no Banco Central .
Proteção contra golpes
É normal que, quando uma transação Pix é realizada, o nome do destinatário, bem como parte de seu CPF, seja mostrado na tela de quem está efetivando a transferência – além dessas informações ficarem registradas no extrato da movimentação.
Com isso, é possível relatar ao banco o golpe e, após constatação da fraude, a instituição pode bloquear a conta e impedir sua movimentação. Se, por sorte, o dinheiro ainda estiver em posse do criminoso, fica mais fácil ser ressarcido.
iG