Hospitais Walfredo Gurgel, Santa Catarina, Maria Alice Fernandes e Deoclécio Marques devem suspender atendimento nesta segunda-feira, 29

Alegando falta de pagamento por parte do governo do Estado, a Cooperativa dos Médicos do Rio Grande do Norte, partir de segunda-feira (29), não vai mais receber pacientes vindos do interior para cirurgias, a não ser em casos de urgências. Pacientes já internados com cirurgias marcadas farão seus procedimentos normalmente.

A cooperativa informou que 250 médicos prestam serviços ao Rio Grande do Norte. As especialidades afetadas com a paralisação são os serviços de oncologia, ortopedia, cardiologia,  neurologia, hemodinâmica e  cirurgia pediátrica. A associação cobra pagamentos relativos aos dois primeiros meses de 2019. A paralisação atinge os serviços de alta e média complexidade, com a limitação em certas especialidades e em cirurgias.

Reportagem publicada pela TN nesta semana mostrou que a dívida do Estado para com a Coopmed é de R$ 6,7 milhões, referentes aos dois primeiros meses do ano. As informações são do Portal da Transparência do RN.

Os serviços podem ser parados no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, onde a dívida é de R$ 2,1 milhões; no Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina), com dívida de R$ 580 mil; Maria Alice Fernandes, de R$ 24 mil; e Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, com dívida de R$ 262 mil.  O restante da dívida (R$ 3,7 milhões) são com contratos firmados para manutenção das redes de saúde estadual.

OFÍCIO

Um ofício foi enviado nesta segunda-feira, 22, pela Coopmed à Sesap informando a possibilidade de paralisação. A cooperativa deu 72 horas para esclarecimentos, até a quinta-feira. Segundo informações da pasta concedidas em março deste ano, metade dos médicos que atuam na rede estadual de saúde são contratados da Coopmed, nas 24 unidades hospitalares do estado. No Samu, essa porcentagem cresce para 80%.

As dívidas são diferentes das negociadas em março, quando a Coopmed pressionou o Governo com outra ameaça de paralisação. As anteriores eram referentes aos meses de novembro e dezembro de 2018 e foram pagas na época. No entanto, enquanto o Governo conseguiu pagar as parcelas do ano passado, as desse ano entraram em atraso. O secretário Cipriano Maia chegou a informar, na época, que o total de dívidas chegou a R$ 18 milhões e que por isso a atual gestão estava com dificuldades orçamentárias.

Números

250 médicos prestam serviço ao Estado através da Cooperativa.

06 especialidades serão afetadas diretamente com a paralisação dos médicos cooperados.

TN

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