As redes de esgotamento da Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern) são devidamente planejadas para receber somente água servida e dejetos humanos. Mas, na prática, alguns usuários da rede acabam negligenciando esse uso, depositando coisas além do que a rede está dimensionada para receber.
Para se ter uma ideia, no processo de tratamento de esgoto são retiradas aproximadamente 23 toneladas de lixo sólido na rede por mês, apenas no Sistema de Esgotos da capital. A técnica em controle ambiental da Caern, Maiara Pereira, explica que os materiais mais encontrados vêm das redes domésticas, sendo os mais comuns: óleo de cozinha, copo descartável, saco plástico, garrafa pet, absorventes e preservativos.
E, se somada a quantidade de areia, decorrente de ligações indevidas de água de chuva na rede de esgoto, essa quantidade pode mais do que dobrar, em alguns meses chegando a 50 toneladas de material indevido na rede.
“Em período de inverno o número de lixo encontrado pode chegar a triplicar, em função dessas ligações clandestinas de água de chuva na rede de esgotos. Isto porque que a chuva naturalmente arrasta entulhos e lixo em geral da via, além de areia e outros materiais. Tudo isso acaba indo para a rede de esgotos, que tem uma dimensão menor”, elenca Maiara.